TARDE DE ASAS SOLTAS
Houve um silêncio feliz naquela tarde de asas soltas, de mãos juntas, unidas, formando uma concha morna onde se sentia o pulsar da circulação nas veias dos pulsos unidos, desafiando a força, o equilíbrio, sem lugar para palavras ou pensamentos. Ali, não havia história, existia apenas a história sem história de duas pessoas de bem que viviam para dentro uma cumplicidade perfeita porque sincera, sem dramas, sem espaço para escutar pensamentos. Cabeça vazia. Coração calmo. Apenas o saborear doce daquele momento de uma tarde de Sol brilhante que sempre fascina, envolve e protege. Não, ali, naquele silêncio feliz de uma tarde estival, nada mais teria feito sentido do que um esboçar de um sorriso sedutor, gerador de emoções.
(Maria Elvira Bento)
This entry was posted on Julho 18, 2015 by brumasdesintra - Maria Elvira Bento. It was filed under Uncategorized .
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